O que o acordo entre EUA e Ucrânia sobre terras raras revela da geopolítica mineral?

Nos últimos meses, um novo tipo de negociação internacional tem ganhado destaque: acordos envolvendo o acesso a terras raras e outros minerais estratégicos em troca de apoio político e militar. Um dos casos mais emblemáticos é o da Ucrânia, que vem firmando parcerias para viabilizar a exploração de seus recursos minerais como forma de garantir respaldo financeiro e logístico em meio ao conflito armado. Este cenário revela como os minerais críticos deixaram de ser apenas insumos industriais e passaram a ocupar o centro das decisões geopolíticas.

O que são terras raras e por que são vitais?

Terras raras são 17 elementos críticos usados em tecnologias que vão de baterias e semicondutores até sistemas de defesa e turbinas, áreas que hoje dependem fortemente de insumos da China, que domina cerca de 60–85% do mercado .

Qual é a troca estratégica em jogo?

• Ajuda militar e financeira contínua dos EUA como parte do fundo EUA‑Ucrânia.

• Em retorno, a Ucrânia oferece direitos preferenciais de exploração desses minerais aos EUA.

• A parceria visa fortalecer Kiev afim de desincentivar avanços russos e reduzir a dependência ocidental da China.

  
  

O que isso significa globalmente e para o Brasil?

Esse acordo mostra que agora minerais estratégicos são moeda geopolítica. Para o Brasil, com suas enormes reservas de terras raras, lítio, nióbio e grafita:

• É hora de avançar na regulação e infraestrutura mineral;

• Capitalizar possíveis parcerias internacionais;

• Atuar com segurança jurídica, técnica e ambiental.

  
  

Conclusão

O pacto EUA‑Ucrânia coloca os minerais estratégicos como vértice de apoio militar e influência global. O Brasil tem grande potencial, mas precisa agir com visão estratégica, estrutura técnica e governança robusta para conquistar seu espaço diante dos gigantes.

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